
© Camille Ulrich
Fires, embers of the living, vigils... In recent years, fire has reappeared everywhere in our languages and our practices, perhaps as a need to burn the foundations on which our era is founded or to find what can still keep us awake today. Construire un feu chooses to place the theatre - the very site of theatre - at the centre of attention, imagining it as a protagonist capable of sensation and memory. From there, and as a prelude to any action, we try to put the theatre to rest. To see. It is from this empty theatre that a story emerges that we know almost nothing about and that we have no control over: "one day, someone saw a person move like no one had ever moved before".
From this fantasy of the "first dance", La Tierce and their friends create a fiction based on a poetic emotion: what happened that day - or that night - that someone made a gesture that had never been made before? The underlying idea is to create a piece that could exist in any era - even in the past or the future - of which we know nothing.
Is it still possible today to make a performance without adding anything to the world? How can we lift up what is already there rather than adding to it? We start by making everything from our bodies: the sound, the lighting, the set and the dances. So we imagined Construire un feu as a low-fi piece with no set design, soundtrack or lighting control: just our 5 bodies and our attempt to make a show. Everything then became part of the piece: the architecture of the theatre, its lights, the weather, the people gathered together... the show was everywhere in the room and all we had to do was pay attention to it.
Incêndios, brasas do vivo, vigílias... Nestes últimos anos, o fogo reapareceu por todo o lado nas nossas linguagens e nas nossas práticas, talvez como uma necessidade de queimar os alicerces em que assenta a nossa época ou de encontrar o que ainda hoje nos pode manter acordados. Construire un feu opta por colocar o teatro - o próprio lugar do teatro - no centro das atenções, imaginando-o como um protagonista capaz de sensação e de memória. A partir daí, e como prelúdio de qualquer ação, tentamos pôr o teatro a descansar. Para ver. É deste teatro vazio que emerge uma história sobre a qual não sabemos quase nada e sobre a qual não temos qualquer controlo: "um dia, alguém viu uma pessoa mover-se como nunca ninguém se tinha movido antes".
A partir desta fantasia da "primeira dança", La Tierce e os seus amigos criam uma ficção baseada na emoção poética: o que é que aconteceu naquele dia - ou naquela noite - em que alguém fez um gesto que nunca tinha sido feito antes? A ideia subjacente é a de criar uma peça que poderia existir em qualquer época - mesmo passada ou do futura - sobre a qual nada sabemos.
Será que ainda hoje é possível fazer uma peça sem acrescentar nada ao mundo? Como é que podemos revelar o que já existe em vez de acrescentar? Começamos por fazer tudo a partir dos nossos corpos: o som, a luz, o cenário e as danças. Assim, imaginámos Construire un feu como uma peça low-fi, sem cenário, banda sonora ou controlo de iluminação: apenas os nossos 5 corpos e a nossa tentativa de fazer um espetáculo. Tudo se tornou então parte da peça: a arquitetura do teatro, as suas luzes, o tempo, as pessoas reunidas... o espetáculo estava em todo o lado na sala e tudo o que tínhamos de fazer era prestar atenção a ele.
Conception and choreography | Concepção e coreografia La Tierce – Sonia Garcia, Séverine Lefèvre, Charles Pietri
Co-creation and performance | Co-creation and performance Philipp Enders, Sonia Garcia, Séverine Lefèvre, Charles Pietri, Teresa Silva
Follow-up in drawing and outside eye | Acompanhamento em desenho e olhar exterior Camille Ulrich
Vocal work and outside eye | Trabalho vocal e olhar exterior Jean-Baptiste Veyret-Logerias
Outside eye | Olhar exterior Pierre Pietri
Light counselling | Aconselhamento de luz Serge Damon
Technical direction | Direcção técnica Leslie Vignaud
Musical piece played on the ocarina | Peça musical tocada à ocarina Sukima, composed by /composta por FUJI|||||||||||TA, arranged by / com arranjo de Philipp Enders
Chant | Canto Our Prayer, The Beach Boys
Production and touring | Produção e difusão Nicolas Chaussy
Administration | Administração Marie Rossard
Acknowledgements | Agradecimentos Alice Gautier, Clément Bernardeau, Fufu
From this fantasy of the "first dance", La Tierce and their friends create a fiction based on a poetic emotion: what happened that day - or that night - that someone made a gesture that had never been made before? The underlying idea is to create a piece that could exist in any era - even in the past or the future - of which we know nothing.
Is it still possible today to make a performance without adding anything to the world? How can we lift up what is already there rather than adding to it? We start by making everything from our bodies: the sound, the lighting, the set and the dances. So we imagined Construire un feu as a low-fi piece with no set design, soundtrack or lighting control: just our 5 bodies and our attempt to make a show. Everything then became part of the piece: the architecture of the theatre, its lights, the weather, the people gathered together... the show was everywhere in the room and all we had to do was pay attention to it.
Incêndios, brasas do vivo, vigílias... Nestes últimos anos, o fogo reapareceu por todo o lado nas nossas linguagens e nas nossas práticas, talvez como uma necessidade de queimar os alicerces em que assenta a nossa época ou de encontrar o que ainda hoje nos pode manter acordados. Construire un feu opta por colocar o teatro - o próprio lugar do teatro - no centro das atenções, imaginando-o como um protagonista capaz de sensação e de memória. A partir daí, e como prelúdio de qualquer ação, tentamos pôr o teatro a descansar. Para ver. É deste teatro vazio que emerge uma história sobre a qual não sabemos quase nada e sobre a qual não temos qualquer controlo: "um dia, alguém viu uma pessoa mover-se como nunca ninguém se tinha movido antes".
A partir desta fantasia da "primeira dança", La Tierce e os seus amigos criam uma ficção baseada na emoção poética: o que é que aconteceu naquele dia - ou naquela noite - em que alguém fez um gesto que nunca tinha sido feito antes? A ideia subjacente é a de criar uma peça que poderia existir em qualquer época - mesmo passada ou do futura - sobre a qual nada sabemos.
Será que ainda hoje é possível fazer uma peça sem acrescentar nada ao mundo? Como é que podemos revelar o que já existe em vez de acrescentar? Começamos por fazer tudo a partir dos nossos corpos: o som, a luz, o cenário e as danças. Assim, imaginámos Construire un feu como uma peça low-fi, sem cenário, banda sonora ou controlo de iluminação: apenas os nossos 5 corpos e a nossa tentativa de fazer um espetáculo. Tudo se tornou então parte da peça: a arquitetura do teatro, as suas luzes, o tempo, as pessoas reunidas... o espetáculo estava em todo o lado na sala e tudo o que tínhamos de fazer era prestar atenção a ele.
Conception and choreography | Concepção e coreografia La Tierce – Sonia Garcia, Séverine Lefèvre, Charles Pietri
Co-creation and performance | Co-creation and performance Philipp Enders, Sonia Garcia, Séverine Lefèvre, Charles Pietri, Teresa Silva
Follow-up in drawing and outside eye | Acompanhamento em desenho e olhar exterior Camille Ulrich
Vocal work and outside eye | Trabalho vocal e olhar exterior Jean-Baptiste Veyret-Logerias
Outside eye | Olhar exterior Pierre Pietri
Light counselling | Aconselhamento de luz Serge Damon
Technical direction | Direcção técnica Leslie Vignaud
Musical piece played on the ocarina | Peça musical tocada à ocarina Sukima, composed by /composta por FUJI|||||||||||TA, arranged by / com arranjo de Philipp Enders
Chant | Canto Our Prayer, The Beach Boys
Production and touring | Produção e difusão Nicolas Chaussy
Administration | Administração Marie Rossard
Acknowledgements | Agradecimentos Alice Gautier, Clément Bernardeau, Fufu