© Cláudia Mateus
A VIDA ENORME / LA VIE EN OR
(2009)
(2009)
A vida enorme/ La vie en or by Maria Lemos and Teresa Silva is a recreation of Emmanuelle Huynh’s piece from 2003, A Vida Enorme/ Episódio 1. After the first contact with this piece we entered a period of research and experimentation, aiming to create an autonomous performing object, which can be seen and enjoyed even without knowing the original piece. Our proposal is to reflect on the idea of recreation, to question the appropriation of an artistic object (and therefore authorial) by someone else, to be used as a stimulus to other approaches.
A vida enorme/ La vie en or begins with the desire to meet, between two people driven by the unbridled will to go. They want to exceed themselves, reach something or somewhere, they want to live it all, in all possible ways. As the consecutive encounters unfold, bodies, energy, time, tension, will and desire intensify. But an absence is revealed, a drift. On the verge of tipping over, we approach the thin line between excess and absence, void and complete, victory and failure. Encounter and failure to meet coexist in the same direction, fusion and impact, going with and going against, density escaping through the bubbles of each trial.
Choreography, Performance, Text and Costumes Maria Lemos & Teresa Silva Artistic advisors Caterine Legrand & Miguel Pereira Music Heroes by David Bowie
[PT]
A vida enorme/ La vie en or de Maria Lemos e Teresa Silva consiste numa recriação da peça A Vida Enorme/ Episódio 1, de Emmanuelle Huynh, criada em 2003. Após o contacto com esta peça, iniciou-se uma fase de investigação e exploração, com vista à criação de um objecto performativo autónomo, que possa ser amplamente fruído, mesmo sem o conhecimento da obra de referência. Propusemo-nos a reflectir acerca do que pode ser uma recriação; acerca do que é afinal, a apropriação de um objecto artístico, e portanto autoral, por outrem, para ser utilizado como estímulo para outras abordagens.
A vida enorme/ La vie en or começa com o desejo de um encontro entre duas pessoas movidas pela vontade desenfreada de ir. Elas querem exceder-se, querem chegar a algo ou a algum lugar, querem viver tudo de todas as maneiras possíveis. No desenrolar dos sucessivos encontros, intensificam-se os corpos, a energia, o tempo, a tensão, as vontades e os desejos. Mas revela-se uma falta, um estar à deriva. Na eminência de tudo descambar, experimenta-se o estreito limite do excesso e da ausência, do pleno e do vazio, da vitória e da falha. Coexistem o encontro e o desencontro numa mesma direcção, a fusão e o embate, o ir com e o ir contra, escapando-se a densidade por entre tentativas de efervescer.
Coreografia, Interpretação, Texto e Figurinos Maria Lemos & Teresa Silva Aconselhamento artístico Caterine Legrand & Miguel Pereira Música Heroes de David Bowie
A vida enorme/ La vie en or begins with the desire to meet, between two people driven by the unbridled will to go. They want to exceed themselves, reach something or somewhere, they want to live it all, in all possible ways. As the consecutive encounters unfold, bodies, energy, time, tension, will and desire intensify. But an absence is revealed, a drift. On the verge of tipping over, we approach the thin line between excess and absence, void and complete, victory and failure. Encounter and failure to meet coexist in the same direction, fusion and impact, going with and going against, density escaping through the bubbles of each trial.
Choreography, Performance, Text and Costumes Maria Lemos & Teresa Silva Artistic advisors Caterine Legrand & Miguel Pereira Music Heroes by David Bowie
[PT]
A vida enorme/ La vie en or de Maria Lemos e Teresa Silva consiste numa recriação da peça A Vida Enorme/ Episódio 1, de Emmanuelle Huynh, criada em 2003. Após o contacto com esta peça, iniciou-se uma fase de investigação e exploração, com vista à criação de um objecto performativo autónomo, que possa ser amplamente fruído, mesmo sem o conhecimento da obra de referência. Propusemo-nos a reflectir acerca do que pode ser uma recriação; acerca do que é afinal, a apropriação de um objecto artístico, e portanto autoral, por outrem, para ser utilizado como estímulo para outras abordagens.
A vida enorme/ La vie en or começa com o desejo de um encontro entre duas pessoas movidas pela vontade desenfreada de ir. Elas querem exceder-se, querem chegar a algo ou a algum lugar, querem viver tudo de todas as maneiras possíveis. No desenrolar dos sucessivos encontros, intensificam-se os corpos, a energia, o tempo, a tensão, as vontades e os desejos. Mas revela-se uma falta, um estar à deriva. Na eminência de tudo descambar, experimenta-se o estreito limite do excesso e da ausência, do pleno e do vazio, da vitória e da falha. Coexistem o encontro e o desencontro numa mesma direcção, a fusão e o embate, o ir com e o ir contra, escapando-se a densidade por entre tentativas de efervescer.
Coreografia, Interpretação, Texto e Figurinos Maria Lemos & Teresa Silva Aconselhamento artístico Caterine Legrand & Miguel Pereira Música Heroes de David Bowie